Começo por rabiscar estas palavras para alguém que já não me pode ouvir nem aconselhar.
Consciente das dificuldades que enfrentamos na política para exercer na prática a função para a qual os cidadãos nos escolhem, assumindo as minhas responsabilidades, levando em conta as incertezas e angústias com que convivemos diariamente perante os factos que observo, por mais difíceis que sejam os tempos e as vontades.
As dificuldades impostas pela conjuntura mundial e os seus governantes, pelos burocratas e porque não pela própria comunidade, que na ânsia de ver os seus problemas resolvidos de imediato, exigem mais do que por vezes se torna suportável. A incompreensão entre os nossos pares, torna-se por vezes num ambiente de competição desenfreada com a qual somos obrigados a conviver diariamente. Contudo, estes obstáculos devem ser enfrentados com coragem e determinação numa caminhada de trabalho edificante exercida com ética e postura.
Recordo com saudade e alegria na minha memória imagens de uma época que retenho e que se mescla de ensinamentos de quem me iniciou e aguçou o apetite pela gestão da coisa pública, alimentando dia após dia a minha curiosidade pelos mistérios da ciência política, fazendo-me compreender que o importante e fundamental é termos uma atitude crítica, coerente e construtiva, sem receio de ter que tomar decisões para ultrapassar as dificuldades.
Não esqueço quem me induziu e estimulou o gosto em assumir com uma atitude crítica os assuntos que consideramos chatos, porque ao fim e ao cabo, na verdade, a nossa intervenção diz respeito às decisões que podem vir a frustar os sonhos e mudar em definitivo as condições de vida de uma geração.
Compartilhei as mesmas ideias políticas, defendi os mesmos argumentos que nos deixavam a pensar, o que por vezes nos deixavam de certa maneira enfurecidos. Não me esqueço que quase sempre era um dos mais exaltados. Passados alguns anos, avaliando todo o percurso que trilhei, apercebo-me que tudo não passava de uma estratégia inteligente e ousada que contribuiu para aumentar o meu interesse pelas questões e estimular a minha análise e discussão política.
Ao escrever este texto, pretendo recordar e homenagear aquele que não me pode ver nem ouvir, mas quer esteja onde estiver, saiba o quanto lhe estou reconhecido e grato por ter tido a coragem de compartilhar comigo as suas experiências e conhecimento, orientando-me e ensinando-me a gatinhar politicamente na construção, defesa e consolidação das fundações do edifício da minha vida na política.
Sem ele nunca teria tido a oportunidade de escrever estas palavras.
João Carlos Soares
Consciente das dificuldades que enfrentamos na política para exercer na prática a função para a qual os cidadãos nos escolhem, assumindo as minhas responsabilidades, levando em conta as incertezas e angústias com que convivemos diariamente perante os factos que observo, por mais difíceis que sejam os tempos e as vontades.
As dificuldades impostas pela conjuntura mundial e os seus governantes, pelos burocratas e porque não pela própria comunidade, que na ânsia de ver os seus problemas resolvidos de imediato, exigem mais do que por vezes se torna suportável. A incompreensão entre os nossos pares, torna-se por vezes num ambiente de competição desenfreada com a qual somos obrigados a conviver diariamente. Contudo, estes obstáculos devem ser enfrentados com coragem e determinação numa caminhada de trabalho edificante exercida com ética e postura.
Recordo com saudade e alegria na minha memória imagens de uma época que retenho e que se mescla de ensinamentos de quem me iniciou e aguçou o apetite pela gestão da coisa pública, alimentando dia após dia a minha curiosidade pelos mistérios da ciência política, fazendo-me compreender que o importante e fundamental é termos uma atitude crítica, coerente e construtiva, sem receio de ter que tomar decisões para ultrapassar as dificuldades.
Não esqueço quem me induziu e estimulou o gosto em assumir com uma atitude crítica os assuntos que consideramos chatos, porque ao fim e ao cabo, na verdade, a nossa intervenção diz respeito às decisões que podem vir a frustar os sonhos e mudar em definitivo as condições de vida de uma geração.
Compartilhei as mesmas ideias políticas, defendi os mesmos argumentos que nos deixavam a pensar, o que por vezes nos deixavam de certa maneira enfurecidos. Não me esqueço que quase sempre era um dos mais exaltados. Passados alguns anos, avaliando todo o percurso que trilhei, apercebo-me que tudo não passava de uma estratégia inteligente e ousada que contribuiu para aumentar o meu interesse pelas questões e estimular a minha análise e discussão política.
Ao escrever este texto, pretendo recordar e homenagear aquele que não me pode ver nem ouvir, mas quer esteja onde estiver, saiba o quanto lhe estou reconhecido e grato por ter tido a coragem de compartilhar comigo as suas experiências e conhecimento, orientando-me e ensinando-me a gatinhar politicamente na construção, defesa e consolidação das fundações do edifício da minha vida na política.
Sem ele nunca teria tido a oportunidade de escrever estas palavras.
João Carlos Soares
2 comentários:
Aí é que se engana.
O Aires está a ver-nos e a ouvir-nos todos os dias e a toda a hora.
Está noutra dimensão por trás de uma espécie de vidro fumado, onde se farta de bater, mas ninguém o consegue ouvir.
Se ele estivesse do lado de "cá", pode ter a certeza que metade destas "avantesmas" que se dizem socialistas, não tinham assento no partido, porque ele não deixaria.
Ao Anónimo anterior,
Ah ... isso era certinho e direitinho.
E sem espinhas.
Zé.
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