Na eminência de se poderem vir a afirmar como líderes no futuro, a tendência actual dos políticos é exagerar o papel da sua personalidade, conjugado com a vaidade no exercício da sua actividade, transformando este binómio como factor fundamental e indispensável para a sua afirmação.
Prova disso, é a forma como acreditam dispor, de maneira excepcional, das qualidades de liderança resultantes da inteligência, encanto ou capacidade retórica confirmada, a qual os motiva a crer e fazer acreditar os outros também.
O que poderemos chamar de efeito bajulador, é outra das razões que contribuem efectivamente para o engrandecimento da personalidade como fonte de poder ambicionado.
Os instrumentos de poder disponibilizados e a que os lideres têm acesso, tal como as influências que passam a ter nos diversos meios e órgãos de decisão, conferidos pela sua condição perante o poder, são em certa medida uma atracção natural para todos aqueles que desejam partilhar e usufruir o poder dessas influências, vivendo à sua sombra.
Nesse contexto, constará para memória futura, que o poder concedido resulta, isso sim, do facto de integrar uma organização, à sua personalidade, às suas qualidades como líder, fazendo na insistência de tal constatação, o acreditar e fazer acreditar, de quem o rodeia, tal presunção.
Faz parte da natureza, naquilo que se convenciona chamar de contexto social, dramatizar também o papel da personalidade. Uma grande parte das relações sociais está relacionada com quem exerce o poder, por outras palavras, com quem está a impor os seus objectivos aos outros. Grande parte do esforço social despendido nas comunidades, consiste em procurar ligações com os que são considerados como poderosos. Este tipo de atitude, é muito apreciado pelos que a recebem e, por isso, políticos, funcionários públicos, jornalistas e outros cultivam e alimentam uma atitude pública que sugere poder ou dá a entendê-lo como omnipresente. Na forma como agem, vestem e no seu próprio comportamento social em geral, mostram um aspecto bem elaborado e estudado de liderança e comando.
As conversas e os temas desenvolvidos, centram-se frequentemente, e muitas vezes de maneira ostensiva, na forma como a vontade do orador se está a impor aos outros, o que, diga-se, resulta frequentemente de forma bastante convincente.
Os rituais utilizados na política, reuniões, plenários, assistências e aplausos, também conduzem a um equívoco sobre a personalidade como fonte de poder, isto porque os oradores falam regularmente para públicos já totalmente condicionados às suas convicções, adaptando por isso o seu pensamento automaticamente, àquilo que sabe ser essa convicção.
A descrição de um líder, tal como vulgarmente a sociedade o concebe, sofre de uma certa ambiguidade e como tal assim deve ser encarada. O líder pode ser brilhante a obter a submissão dos outros ao seu objectivo, mas na referência que lhe é feita no dia-a-dia não passa de um perito em se identificar com a vontade condicionada da comunidade em que se insere e na sua capacidade de identificar para essa mesma comunidade os seus próprios projectos.
O poder de um líder pode-se avaliar pela forma como consegue convencer os seus seguidores a aceitar as suas soluções para os problemas deles e, consequentemente, o seu caminho na concretização dos seus objectivos.
Quando esses objectivos são conseguidos, quando a sua personalidade entra em associação de proximidade com o seu eleitorado, poder-se-á desenvolver uma estrutura, que dotada de organização, se transformará numa verdadeira e eficiente máquina política.
Prova disso, é a forma como acreditam dispor, de maneira excepcional, das qualidades de liderança resultantes da inteligência, encanto ou capacidade retórica confirmada, a qual os motiva a crer e fazer acreditar os outros também.
O que poderemos chamar de efeito bajulador, é outra das razões que contribuem efectivamente para o engrandecimento da personalidade como fonte de poder ambicionado.
Os instrumentos de poder disponibilizados e a que os lideres têm acesso, tal como as influências que passam a ter nos diversos meios e órgãos de decisão, conferidos pela sua condição perante o poder, são em certa medida uma atracção natural para todos aqueles que desejam partilhar e usufruir o poder dessas influências, vivendo à sua sombra.
Nesse contexto, constará para memória futura, que o poder concedido resulta, isso sim, do facto de integrar uma organização, à sua personalidade, às suas qualidades como líder, fazendo na insistência de tal constatação, o acreditar e fazer acreditar, de quem o rodeia, tal presunção.
Faz parte da natureza, naquilo que se convenciona chamar de contexto social, dramatizar também o papel da personalidade. Uma grande parte das relações sociais está relacionada com quem exerce o poder, por outras palavras, com quem está a impor os seus objectivos aos outros. Grande parte do esforço social despendido nas comunidades, consiste em procurar ligações com os que são considerados como poderosos. Este tipo de atitude, é muito apreciado pelos que a recebem e, por isso, políticos, funcionários públicos, jornalistas e outros cultivam e alimentam uma atitude pública que sugere poder ou dá a entendê-lo como omnipresente. Na forma como agem, vestem e no seu próprio comportamento social em geral, mostram um aspecto bem elaborado e estudado de liderança e comando.
As conversas e os temas desenvolvidos, centram-se frequentemente, e muitas vezes de maneira ostensiva, na forma como a vontade do orador se está a impor aos outros, o que, diga-se, resulta frequentemente de forma bastante convincente.
Os rituais utilizados na política, reuniões, plenários, assistências e aplausos, também conduzem a um equívoco sobre a personalidade como fonte de poder, isto porque os oradores falam regularmente para públicos já totalmente condicionados às suas convicções, adaptando por isso o seu pensamento automaticamente, àquilo que sabe ser essa convicção.
A descrição de um líder, tal como vulgarmente a sociedade o concebe, sofre de uma certa ambiguidade e como tal assim deve ser encarada. O líder pode ser brilhante a obter a submissão dos outros ao seu objectivo, mas na referência que lhe é feita no dia-a-dia não passa de um perito em se identificar com a vontade condicionada da comunidade em que se insere e na sua capacidade de identificar para essa mesma comunidade os seus próprios projectos.
O poder de um líder pode-se avaliar pela forma como consegue convencer os seus seguidores a aceitar as suas soluções para os problemas deles e, consequentemente, o seu caminho na concretização dos seus objectivos.
Quando esses objectivos são conseguidos, quando a sua personalidade entra em associação de proximidade com o seu eleitorado, poder-se-á desenvolver uma estrutura, que dotada de organização, se transformará numa verdadeira e eficiente máquina política.
João Carlos Soares
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