Para que a vida se não venha a transformar numa coisa sem sentido, até mesmo absurda, as corporações em consonância com os interesses privados, terão que se colocar ao serviço de uma vida com qualidade para os cidadãos, e não exclusivamente ao serviço das suas necessidades de acumulação de riqueza, ainda sugerindo que nos devemos sentir gratos e reconhecidos pelos empregos que nos proporcionam.
Contudo, não podemos simplesmente levar a mal, ou julgar negativamente, todos aqueles que procuram a maximização dos seus capitais, rentabilizando as competências técnicas e desprezando ou descurando por completo a inteligência da vida. A nossa acção tem que se centralizar, enquanto membros de uma sociedade, na organização e racionalização de conceitos e valores, assumindo as rédeas do processo, de forma a construirmos um futuro menos comprometido e hipotecado, num universo menos violento, menos ignorante e mais humanizado.
Os idosos na nossa sociedade, membros da chamada terceira idade ou seniores, para outros, os quais muitas vezes se confinam isolados nos seus lares, começam a despertar para uma actividade organizada em grupos e associações, passando a utilizar e tirar proveito de décadas de vida útil que têm pela frente, ajudando a revitalizar a comunidade a que pertencem, animando espaços de lazer e de cultura, a exemplo da UTIB (Universidade da Terceira Idade do Barreiro), organizando o enraizamento comunitário, contribuindo com o seu imenso conhecimento humano, que é o que mais falta, em conjunto com o seu inestimável e formidável capital de tempo disponível.
Tudo isto e muito mais se poderá começar a elencar, num universo que pouco a pouco se vai descortinando, a partir do momento em que as pessoas descobrem e se apercebem de que são pessoas, de que são cidadãos e não apenas clientes de uma sociedade de consumo, como tal, são parte da sociedade e têm direitos.
Quem tiver interesse e vontade, poderá associar-se a iniciativas que existem e vão aparecendo por toda parte. O comum cidadão, já não se pode considerar necessariamente impotente, podendo utilizar o voto como factor de decisão nas suas opções de liderança, com as suas poupanças nos actos de uma qualquer aplicação financeira, com o seu trabalho voluntário no serviço e apoio a organizações da sociedade civil, as quais começam a despertar para uma realidade incontestável. É incontornável e impressionante o número de pessoas que pretendem constituir-se como agentes cívicos socialmente úteis, em contra ponto com aqueles que preferem passar a vida ostentando um sucesso individual fora de contexto, descaracterizado e vazio.
Esta análise e este mal estar que por vezes sentimos, não poderá de forma alguma ser necessariamente imputada à esquerda ou à direita, não será necessariamente apanágio do rico ou do pobre, fazer-se sentir em países desenvolvidos ou não. Este mal estar deve ser considerado mais como um mal estar resultante dos males da nossa civilização, ou cultura no sentido mais amplo deste termo.
A imaginação humana sem limites conhecidos, a sua inteligência ao serviço da inovação, através das tecnologias entretanto desenvolvidas e disponibilizadas, os imensos avanços científicos na descoberta das nossas origens, são e tornam-se insignificantes, quando comparados com as suas necessidades humanas triviais.
Sendo uma tarefa simples mas imensamente complexa, o maior desafio com que nos confrontamos actualmente, prende-se com a nossa capacidade de conseguirmos, ou não, adaptar as tecnologias e o potencial económico, ao serviço das necessidades humanas.
Torna-se necessário reencontrar algum equilíbrio, porque os sistemas, ao longo dos tempos, conseguiram gerar uma realidade desconforme, através de segmentações doentias de classes.
Perante a globalização e o universo por si gerado, dominado pela vertente mercantil vocacionada exclusivamente para o lucro, torna-se e exige-se, dos nossos dirigentes, alguma contenção na teoria exclusiva da vertente económica, de forma a ser encontrado um eixo condutor de primazia nas políticas sociais, impedindo a utilização, instrumentalização e manipulação obscena e injustificada de interesses absurdos, para voltar a colocá-la ao serviço da humanidade.
Os tempos do espectro levantado pela especulação e manipulação dos seus suportes políticos, torna-se numa rejeição cultural, transformando-se num imenso saco cheio de uma sociedade que pretende outra coisa, a qual começa já a arregaçar as mangas.
Enquanto não construirmos pela base uma sociedade que se articule entre todas as camadas sociais e assuma as rédeas do seu desenvolvimento, não poderemos esperar, nem fazer depender do surgimento ou da chegada ao poder de uma qualquer personagem redentora, para o cumprimento desta tarefa, exigindo de todos nós mais iniciativa e organização, consciência e inteligência social.
Contudo, não podemos simplesmente levar a mal, ou julgar negativamente, todos aqueles que procuram a maximização dos seus capitais, rentabilizando as competências técnicas e desprezando ou descurando por completo a inteligência da vida. A nossa acção tem que se centralizar, enquanto membros de uma sociedade, na organização e racionalização de conceitos e valores, assumindo as rédeas do processo, de forma a construirmos um futuro menos comprometido e hipotecado, num universo menos violento, menos ignorante e mais humanizado.
Os idosos na nossa sociedade, membros da chamada terceira idade ou seniores, para outros, os quais muitas vezes se confinam isolados nos seus lares, começam a despertar para uma actividade organizada em grupos e associações, passando a utilizar e tirar proveito de décadas de vida útil que têm pela frente, ajudando a revitalizar a comunidade a que pertencem, animando espaços de lazer e de cultura, a exemplo da UTIB (Universidade da Terceira Idade do Barreiro), organizando o enraizamento comunitário, contribuindo com o seu imenso conhecimento humano, que é o que mais falta, em conjunto com o seu inestimável e formidável capital de tempo disponível.
Tudo isto e muito mais se poderá começar a elencar, num universo que pouco a pouco se vai descortinando, a partir do momento em que as pessoas descobrem e se apercebem de que são pessoas, de que são cidadãos e não apenas clientes de uma sociedade de consumo, como tal, são parte da sociedade e têm direitos.
Quem tiver interesse e vontade, poderá associar-se a iniciativas que existem e vão aparecendo por toda parte. O comum cidadão, já não se pode considerar necessariamente impotente, podendo utilizar o voto como factor de decisão nas suas opções de liderança, com as suas poupanças nos actos de uma qualquer aplicação financeira, com o seu trabalho voluntário no serviço e apoio a organizações da sociedade civil, as quais começam a despertar para uma realidade incontestável. É incontornável e impressionante o número de pessoas que pretendem constituir-se como agentes cívicos socialmente úteis, em contra ponto com aqueles que preferem passar a vida ostentando um sucesso individual fora de contexto, descaracterizado e vazio.
Esta análise e este mal estar que por vezes sentimos, não poderá de forma alguma ser necessariamente imputada à esquerda ou à direita, não será necessariamente apanágio do rico ou do pobre, fazer-se sentir em países desenvolvidos ou não. Este mal estar deve ser considerado mais como um mal estar resultante dos males da nossa civilização, ou cultura no sentido mais amplo deste termo.
A imaginação humana sem limites conhecidos, a sua inteligência ao serviço da inovação, através das tecnologias entretanto desenvolvidas e disponibilizadas, os imensos avanços científicos na descoberta das nossas origens, são e tornam-se insignificantes, quando comparados com as suas necessidades humanas triviais.
Sendo uma tarefa simples mas imensamente complexa, o maior desafio com que nos confrontamos actualmente, prende-se com a nossa capacidade de conseguirmos, ou não, adaptar as tecnologias e o potencial económico, ao serviço das necessidades humanas.
Torna-se necessário reencontrar algum equilíbrio, porque os sistemas, ao longo dos tempos, conseguiram gerar uma realidade desconforme, através de segmentações doentias de classes.
Perante a globalização e o universo por si gerado, dominado pela vertente mercantil vocacionada exclusivamente para o lucro, torna-se e exige-se, dos nossos dirigentes, alguma contenção na teoria exclusiva da vertente económica, de forma a ser encontrado um eixo condutor de primazia nas políticas sociais, impedindo a utilização, instrumentalização e manipulação obscena e injustificada de interesses absurdos, para voltar a colocá-la ao serviço da humanidade.
Os tempos do espectro levantado pela especulação e manipulação dos seus suportes políticos, torna-se numa rejeição cultural, transformando-se num imenso saco cheio de uma sociedade que pretende outra coisa, a qual começa já a arregaçar as mangas.
Enquanto não construirmos pela base uma sociedade que se articule entre todas as camadas sociais e assuma as rédeas do seu desenvolvimento, não poderemos esperar, nem fazer depender do surgimento ou da chegada ao poder de uma qualquer personagem redentora, para o cumprimento desta tarefa, exigindo de todos nós mais iniciativa e organização, consciência e inteligência social.
João Carlos Soares
Sem comentários:
Enviar um comentário