O Homem tem desde o início da sua existência, uma máxima que diz: “ podem enganar muitos durante algum tempo, mas não todos durante toda a vida”.
Isto vem ao caso do desastre resultante do cair da máscara de um sem número de teorias económicas que têm contribuído única e exclusivamente para benefício dos poderosos, e posto a descoberto intenções pouco éticas e de uma injustiça moral e social, de que não temos memória.
Os cidadãos um pouco mais atentos, não têm quaisquer dúvidas, se alguma vez as tiveram, sobre as injustiças sociais, que, embora tenhamos conhecimento hoje, da existência de algumas ténues tentativas de as fazer sair do segredo dos deuses, de uma forma descarada, tiveram a sua origem e foram provocadas exactamente pela falta ou ausência no combate à corrupção.
Na política e nos partidos, a contradição é cada vez maior no que concerne aos objectivos, às intenções e razão da sua existência. A ambição torna-se fundamental e fixa-se única e exclusivamente na ascensão e padrões do poder, no intuito de poderem mandar e tornarem-se poderosos a nível material, em detrimento de conceitos e ideias, tornando-se cada vez menos credíveis e criando a desilusão e descontentamento nas populações.
Os embustes em que caíram aqueles que acreditaram nesse tipo de propaganda, alienados por modelos de consumo desenfreado e rentabilidade incomensurável, tornam mais evidentes os paradigmas de realidades tidas como verdades até um passado recente, tornando os pobres ainda mais pobres e os ricos aumentando o seu pecúlio, prosperando à custa da especulação, da corrupção desenfreada e permitida, e do tráfico de influências que manipulam a seu belo prazer.
Nos últimos dias não param as notícias sobre escândalos, parecendo que se avizinha um colapso institucional, tal é a forma e a intensidade como se vão desmascarando os disfarces em que os seus autores se têm escudado, figuras de proa identificados com as mais diversas instituições.
Este País vai sendo destroçado por mafiosos, e em cada dia que passa, mais um caso de corrupção chega ao conhecimento público, mas os seus autores já estão bem arrumadinhos com as contas e bens a salvo.
O PSD pela voz de Manuela Ferreira Leite, vem dizer que a crise é grave, e que deveria haver contenção nos valores do aumento salarial a atribuir aos trabalhadores com ordenado mínimo, 24 euros, provando a palhaçada em que se encontra neste momento o maior partido da oposição, quando evita pronunciar-se sobre a corrupção e muito em especial a corrupção da Banca. Porque será?
Quantos altos ex-dirigentes de diversos partidos, os quais tiveram responsabilidades governamentais, aparecem ou estiveram no BPN e no BPP?
Será que tudo isto vai ficar impune?
Até a estratégia institucional do actual Presidente da República e José Sócrates caminha para o colapso, não disfarçando o mal estar nas relações entre os dois mais distintos altos cargos da Nação.
Este ciclo tenebroso, teve o seu prelúdio com a queda abrupta das bolsas e a subida descontrolada e inflaccionada dos combustíveis, não sabendo como vai ser o final previsto para este filme tenebroso em que nos meteram, não querem assumir, nem pretendem responsabilizar, tal a conivência com os culpados envolvidos e que tenho sérias dúvidas venham a ser julgados.
De uma coisa podemos tirar as nossas conclusões, não restam dúvidas sobre a não existência de intrigas, maledicência perpetrada na calada da noite com fins obscuros de destruir pessoas bem colocadas.
Contudo, subsistindo ainda tantas dúvidas e desconfianças quanto ao futuro, acredito que os Portugueses têm a fibra e a coragem para trilhar um caminho sinuoso e traiçoeiro, para que, finalmente, à luz da justiça possa prevalecer a verdade.
Joao Carlos Soares
2 comentários:
Boa noite Senhor Vereador João.
Sei que nunca fomos apresentados mas tenho acompanhado o seu trabalho. Gostaria de saber se ainda é militante do PS e se sim o que pensa do actual momento do PS-B.
Os melhores desejos para si e para a família.
Ora muito bom dia;
Um bom ano também para si e seus familiares;
Quanto às duas questões que coloca, no que concerne à primeira, dir-lhe-ei peremptoriamente que não sou militante do Partido Socialista, aliás como fiz saber públicamente, e faço questão de reafirmar.
Quanto à leitura que me pede da actual situação do PS Barreiro, se atentar no conteúdo do quinto parágrafo, ficam claras a concepção e avaliação que tenho do actual momento que se vive nos partidos, situação essa completamente fora dos meus valores e consciência.
Não sendo militante do PS, como já referi, não farei quaisquer referências específicas, até porque seria deselegante e inoportuno da minha parte, no actual momento eleitoral interno, interferir ou tentar manipular opiniões.
A seu tempo me pronunciarei.
Espero ter respondido às questões colocadas, as quais desde já agradeço.
Um abraço
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