sábado, novembro 29, 2008

Terceira Travessia sobre o Tejo – Participação Pública




No âmbito da consulta pública do processo a uma avaliação de Impacto Ambiental referente à ligação de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid e à construção da Terceira Travessia do Tejo, exercendo há longos anos a minha actividade profissional no Concelho do Barreiro e desde há sete anos como eleito na autarquia do Barreiro, venho, por este meio, manifestar a minha total concordância com a realização desta obra, considerando que a solução a adoptar deve incorporar as valências ferroviária e rodoviária, tal como se encontra definida no Corredor (B) Poente.

Considero ainda que a construção desta importante obra representará um contributo indispensável para o melhor funcionamento da Área Metropolitana, numa perspectiva futura de progressiva redução dos movimentos pendulares entre as duas margens, e permitindo o desenvolvimento económico, empresarial e sociocultural não só do Concelho do Barreiro, mas também de outros concelhos da margem Sul do Tejo, em particular da Moita e do Seixal.

A não realização deste projecto reflectir-se-ia uma vez mais, assim sendo, no abandono a que a nossa região e os interesses nacionais seriam vetados, o que não quero acreditar.

A construção da terceira travessia do Tejo, ligando as duas margens Barreiro e Chelas, deve ser assumida inequivocamente pelo Governo, como uma necessidade inadiável, fundamental no plano de escoamento de tráfego da Ponte 25 de Abril, no desenvolvimento do plano económico nacional, potenciando consequentemente o desenvolvimento dos Concelhos do Barreiro, Seixal e da Moita.

Acima de tudo, transformando o Distrito de Setúbal num pólo de atracção, desenvolvimento e interesse ao investimento nacional, dotando este distrito das condições indispensáveis e adequadas à fixação, por conseguinte, do sector económico, bem como das populações no distrito onde vivem e trabalham. contribuindo para o equilíbrio do tecido urbano, resultante das perspectivas criadas em torno de mais emprego.

Há alguns anos atrás, como poderá ser facilmente constatado, o Governo então do PSD, apresentou em conferência de imprensa, em São Bento, através do seu Grupo Parlamentar, por absurdo que pareça, proposta que viria a ser votada, onde era anulada a verba de um milhão de euros para finalizar os estudos da Ponte Barreiro-Chelas.

Esses estudos seriam a base que levariam à conclusão de fazer ou não a ponte e com que características. Esta forma hipócrita e enviesada engendrada pela maioria parlamentar de então, retirou ao seu próprio Governo, as condições técnicas indispensáveis para uma decisão, que tendo sido tomada como foi, adiou e pôs em causa o interesse regional e nacional, que agora não poderemos permitir seja novamente posto em causa.

Será com preocupação mas acima de tudo com coerência, verdade e responsabilidade, impedindo quaisquer tentativas de actividade política, transformada num jogo ao sabor dos ventos, que nos devemos mobilizar e estar atentos a quaisquer práticas ou tentativas de políticas imobilistas de direita.

João Soares

Vereador Independente na C.M.Barreiro