segunda-feira, novembro 08, 2021

Que Barreiro pretendo pós Pandemia

 

Que Barreiro pretendo pós Pandemia

Muito se fala em cidades inteligentes, geralmente associada à tecnologia. Contudo, além desse debate, é preciso considerar que muitos patamares básicos, ainda não foram alcançadas, como emprego, habitação para todos, lazer, educação e saúde compatíveis com as necessidades de todos os cidadãos, sem excepção.

Passadas as eleições municipais, e ainda sob os condicionalismos de uma pandemia que teima e assola a população mundial, torna-se cada vez mais essencial, que os governantes referendados nessas mesmas eleições, responsáveis pelas disposições, leis e fiscalização do PODER executivo, façam uma avaliação ampla do território, ao qual se encontra inserido o Município do Barreiro, sendo parte interessada, no desenvolvimento conjunto com os restantes municípios,  que compõem a Área Metropolitana de Lisboa.

Por outras palavras, para uma avaliação que vai muito para além da análise sobre a gestão do próprio município, não será de somenos importância, uma avaliação de todo o território em que se insere, fazendo um levantamento criterioso, numa análise sobre os reais problemas, necessidades e particularidades, integradas no seu todo.

Esta actividade, não se pode ficar pela intervenção do Poder Local, mas sim, também, em complementaridade com o Poder Central, numa perfeita conjugação de interesses legislativos consignados às autarquias, conhecedores de proximidade com as necessidades e prioridades dos seus cidadãos, através da descentralização de competências, acompanhadas do respectivo e indispensável suporte orçamental de apoio.

Para que tal seja viável, há que avaliar o município, não só em contexto interno, focalizado apenas nos interesses locais, mas sim enquadrados num contexto regional e do País.

Afinal de contas, será necessário aquilatar as consequências sobre os possíveis efeitos do constrangimento social, provocados pela pandemia.

Por isso, não basta a intenção de termos uma cidade virada para metodologias de estruturas citadinas inteligentes, associando-se o termo, simplesmente associado às novas tecnologias, sobretudo nas conexões à Internet e à sua interconectividade, apenas num contexto onde se discute a famosa internet das coisas, que se julga ter tudo para revolucionar as dinâmicas de um determinado local ou região.

Pela mesma razão, muito para além deste tipo de debate, em consciência, devem-se considerar igualmente, outras situações que já deveriam estar ultrapassadas, ao fim de quase meio século de democracia, na conjuntura portuguesa, entre outras que são essenciais para manter minimamente a qualidade de vida dos cidadãos.

Tudo isso, sem contar com necessidades nas áreas mais vulneráveis, como a saúde, educação, emprego e habitação, não se poderá discutir o futuro de um município, de uma região ou de um País, sem se considerar a resolução destes quatro pontos, mais sensíveis, exigindo-se da parte dos governantes, uma avaliação das reais demandas, resultado do confinamento a que as populações foram sujeitas. Por exemplo, o encerramento de diversas empresas locais, responsáveis por grande percentagem de desemprego local,  e a tomada de medidas fundamentais para a viabilização e recuperação da actividade laboral dos cidadãos activos, mola essencial para o desenvolvimento socioeconómico do município.

Só assim será possível e haverá condições, para reconstruir uma cidade mais uniforme e inclusiva, tanto na vertente social, quanto económica e ambientalmente sustentável.

É preciso ter e dar a maior atenção aos jovens, quer na oferta de uma formação e educação de qualidade, não deixando cair no esquecimento, os mais idosos, que foram os pilares e contribuíram para o desenvolvimento e permitiram chegar ao que actualmente temos e somos.

Finalmente, o que pretendemos para a nossa cidade, nada mais será, do que tudo fazer, para permitir aos cidadãos, as condições essenciais para viverem de forma tranquila, equilibrada, em convivência harmoniosa e em merecido sossego.  

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