quarta-feira, junho 27, 2012

Desenvolvimento só com soberania e justiça social


Segundo opinião generalizada de vários pensadores contemporâneos, um sistema para ser sustentável, só será possível, existindo justiça social e soberania, através de medidas onde a harmonia entre o Homem e os recursos naturais concorram para o equilíbrio e conservação da natureza, proporcionando melhores padrões de vida às populações.
Ao defender-se e aplicar-se metodologias e técnicas que não ponham em risco a segurança da humanidade, prova-se que será possível defender ideais de conservação da natureza, garantindo o desenvolvimento dos Povos, sem explorar de forma predatória o Planeta em que vivemos.
Algumas afirmações tornadas públicas, baseiam-se em análises desenvolvidas há já algum tempo, onde os índices de degradação ambiental, constatado ao longo de várias gerações, são o resultado da criminosa materialização de conceitos nas sociedades consumistas, agravado pela privatização e controle dos recursos naturais nos países em desenvolvimento.
Face a este panorama, qualquer tentativa de utilização desses recursos pelos próprios países, incompatibilizam-se com os interesses dos grandes grupos económicos internacionais, com o argumento de que todos os recursos são finitos. Esta é uma razão expurgada de qualquer verdade, porque o argumento usado serve, única e exclusivamente, os interesses desses grupos, e colocam em causa qualquer hipótese de sustentabilidade ambiental, desenvolvimento e soberania dos países detentores dessas reservas naturais.
No fundo, depreenderemos desta posição que, o que esses grupos económicos pretendem, não é usar os recursos existentes com receio de se esgotarem, mas sim, privar os pobres do seu uso racional em bases sustentáveis, privando os países dependentes desses recursos de os utilizar, porque o egoísmo e o desrespeito pela condição humana, chega ao ponto de entenderem que esses recursos são reservas estratégicas da sua exclusividade, quando as populações famintas tanto deles necessitariam para sobreviver.
Partindo do conceito de que nada que conhecemos é infinito, não significa que, por essa razão, não possamos utilizar os recursos naturais ao nosso alcance. Deveremos isso sim, utilizá-los e rentabilizá-los da maneira mais adequada e racional possível, sempre com o objectivo de utilização das mais-valias, daí resultantes, em prol da melhoria da qualidade de vida das populações, e das estruturas de suporte ambiental.
Para um desenvolvimento sustentável, torna-se necessário e indispensável o convívio harmonioso entre a humanidade e os recursos naturais, através de uma conciliação entre a utilização dos recursos naturais, aplicando alguns recursos financeiros, resultantes da exploração desses recursos naturais, nas áreas ambientais, e desenvolvendo metodologias e técnicas que permitam à humanidade, viver com segurança, soberania, e claro, com melhores padrões de vida.
Para a concretização destes objectivos, torna-se imprescindível e nunca pode ser posta em causa a soberania do país, o que significa que, qualquer decisão sobre recursos naturais de um país depende deste, e sempre só deste, não se podendo permitir a interferência de terceiros, o que para uma soberania efetiva, outro ou qualquer tipo de decisão fora da sua competência, seria inaceitável, irracional e completamente incompreensível.

João Carlos Soares
Barreiro27 de Junho de 2012

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