sábado, maio 26, 2007

Basta de Hipocrisia - O Barreiro merece melhor



Reconhecer nas memórias a credibilidade e confiança no futuro, para dar e garantir a dignidade que o Barreiro e os barreirenses merecem.






Passamos a citar:

“...O ministério de António Mexia continua sem esclarecer o que se passa com os catamarãs, nem quais as medidas preventivas em novos dias de Tejo revolto.


Entretanto, sem justificação ou estudos, anunciou uma solução absurda e uma opção errada que penalizam gravemente o Barreiro. Em vez de retomar os trabalhos sobre a terceira travessia do Tejo ferro-rodoviária no corredor Barreiro-Chelas, anunciou a passagem do TGV pela ponte 25 de Abril e um túnel rodoviário entre Algés e a Trafaria.


O túnel Algés.Trafaria, velho sonho de Isaltino Morais, é um erro de estratégia de transportes e de ordenamento do território, criando uma rua para trazer os lisboetas à praia, densificando a zona já mais sobrecarregada da Península de Setúbal, sem libertar tráfego no eixo central e promovendo ainda mais a utilização de transporte individual. Esperemos que Mexia não mexa neste assunto durante muito mais tempo para que os erros não sejam tão irreversíveis como os de Ferreira do Amaral ”

(declarações de Eduardo Cabrita em 02 de Novembro de 2004)


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"O Distrito de Setúbal é um distrito com particular relevância no cômputo nacional, mas assume particular importância na Área Metropolitana de Lisboa é, aliás, um pólo de centralidade no desenvolvimento integrado e sustentável desta área geográfica.

Pelas suas características económicas e sociais, pelo desenvolvimento que assumiu nos últimos anos, não pode agora ser esquecido, como o foi durante anos de reinado cavaquista. O PSD, igual a si próprio, tem agora uma atitude irresponsável face a esta região do país (esta ideia foi assumida, também, pelo próprio líder distrital do PSD de Setúbal), fazendo crer que a sul do Tejo nada importa!

Concentremo-nos apenas num exemplo do que tem sido a política do PSD nestes dez meses de Governação, um exemplo de enorme importância para o distrito de Setúbal: a terceira travessia do Tejo Barreiro-Chelas. Perguntar-me-ão, os leitores, qual a importância deste projecto quando o desemprego sobe mais que a média nacional no Distrito de Setúbal, nos últimos dez meses. Mas a verdade é que a não realização deste projecto é o reflexo do abandono a que a nossa região ficou vetada com este Governo.

O Partido Socialista assumiu, sempre, a necessidade de construir uma terceira travessia do Tejo, que ligasse Barreiro e Chelas. Fundamental, tanto no plano do escoamento de tráfego da Ponte 25 de Abril, como no plano económico, porquanto a ligação à margem norte do Tejo, por esta via, potenciará não só o desenvolvimento dos concelhos do Barreiro e da Moita, mas atrairá para o Distrito de Setúbal um maior investimento. Isto é, criará as condições adequadas a uma maior fixação do sector económico nesta região e, por consequência, mais emprego e maior permanência das pessoas nas suas terras não tendo que se deslocar para trabalhar em Lisboa.

É, assim, com grande espanto, que assistimos ao Governo do PSD retirar do PIDDAC a verba inscrita para os estudos de viabilidade desta nova travessia do Tejo e extinguir o Grupo de Missão, criado pelo Partido Socialista, para proceder aos respectivos estudos, afirmando o Ministro Valente de Oliveira, que esta obra não é uma prioridade para o Governo do PSD.

Mas, pasme-se!!! Fomos surpreendidos pelas declarações do Professor Nunes da Silva, consultor e responsável, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Península de Setúbal, para a área das acessibilidades, afirmando que não reconhece, hoje, a importância desta ligação Barreiro-Chelas! À boa maneira cavaquista de outros tempos, reconhece que esta travessia existirá, mas não sabe quando, afinal o Professor Nunes da Silva não era, há uns meses, um dos grandes impulsionadores desta grande obra? Não considerava que seria um investimento imprescindível para o Distrito de Setúbal, na lógica de ser um distrito com enormes potencialidades na Área Metropolitana de Lisboa? O que o fez mudar de opinião e juntar-se ao imobilismo do Governo do PSD?

A não construção desta terceira travessia do Tejo Barreiro-Chelas trará consequências nefastas para o Distrito de Setúbal, abandonando uma estratégia integrada de desenvolvimento para a Área Metropolitana de Lisboa e amputando a sua maior proximidade com a margem norte do Tejo e consequentes recuperações ribeirinhas, tão necessárias, nestas zonas.

A actividade política não pode ser um jogo ao sabor dos ventos, mas tem que ser exercida com responsabilidade, verdade e coerência. O Partido Socialista assume as suas responsabilidades e os compromissos que firmou com os eleitores, assim, continuaremos a lutar para que a Terceira Travessia do Tejo Barreiro-Chelas seja uma realidade e que se reconheça ao Distrito de Setúbal a importância devida no todo nacional.

A política do imobilismo do Governo do PSD merece o nosso total repúdio!"

(declarações de Ana Catarina Mendes em 24 de Fevereiro de 2003)

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Meus senhores, por favor entendam-se. As vossas declarações e decisões enquanto poder instituído, têm que ter alguma coerência. Não acham?
Mudam-se os tempos e infelizmente também se mudam as vontades.
Assim sendo, cada vez mais a atenção dos cidadãos e movimentos cívicos, em particular, deverá incidir e ter uma prioridade;

  • Exigir o cumprimento na concretização dos interesses das regiões e das populações, contrariando assim um crescente clientelismo bem como a forma leviana como nos partidos, após conquistado e instalados no poder, abdicando das promessas e ilusões usadas com sofisma, nas bem urdidas e dispendiosas campanhas eleitorais, mudam de opinião e critérios, na mais descarada e promiscua impunidade institucional.

  • A resposta deverá e terá que ser dada com veemência, mostrando aos actores representativos da vontade dos eleitores, que não os defraudem, e pelo contrário, abdicando das suas conveniências e comodidades partidárias, assumam e não reneguem aos seus compromissos, respeitando a memória das suas próprias convicções.

João Carlos Soares



1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é, sr. vereador!!!
Essa história da coerência é uma coisa muito complicada.
"Faz o que eu digo, não faças o que eu faço".
O Sr. para mim tem sido um exemplo de verdadeira coerência política ao contrário dos seus ex-camaradas do PS, nomeadamente o Secretário de Estado e o lobby do CO2.