quarta-feira, junho 05, 2013

A Esquerda Unida Jamais Será Vencida!



Passos Coelho, com o seu discurso de raiz ideológica neoliberal e a determinação em afundar o país numa crise económica de que não há memória, completamente afastado das linhas de orientação, próprias de uma social-democracia europeia, virou à direita, mostrando tiques esquizofrénicos e fascizantes, num total desrespeito pelos direitos consignados pela Constituição Portuguesa, sobre a qual jurou lealdade.
Que esperar, portanto, de um governante que, não respeitando a Constituição do seu País, se colocou de quatro, perante uma Alemanha que, a todo o custo, pretende ver concretizado um sonho diabólico, por outro tentado, substituindo as armas do terror Nazi, por outras armas, estas económicas que, com o mesmo objetivo, dilaceram e destroem compulsivamente, o futuro de gerações subjugadas à tirania de uma casta de magnatas que dominam o espetro económico em que estamos inseridos.
Esta situação só foi possível, graças à luta desenfreada entre as forças progressistas de esquerda que, nunca souberam deixar para trás as suas diferenças, aproveitando aquilo que as podia unir, a defesa dos direitos daqueles que representam, o Povo. É o que temos vindo a assistir ao longo de quase quatro décadas de democracia, onde a apetência ditatorial da direita à espreita, aproveitando essa fraqueza e ódio entre os partidos de esquerda, alimentaram uma direita envergonhada e nunca assumida, disfarçada de social-democracia, que passadas quatro décadas, aparece sem medo e pujante, numa autêntica compilação do que Salazar fez quando subiu ao poder, instaurando uma ditadura predadora dos direitos de cidadania, que os Portugueses não podem nem devem esquecer.
Torna-se necessário e urgente, uma união progressiva dos partidos de esquerda, centrais sindicais, movimentos progressistas independentes, militares e forças policiais, em torno de um objetivo, a ação e rejeição incondicional da atitude ideológica desta coligação no poder (PSD, CDS, Presidente da República), que contrariam a vontade expressa dos homens e mulheres que lutaram e contribuíram na clandestinidade, para que os militares de Abril libertassem o Povo das amarras do fascismo.
O que este governo prepara, e nos deve deixar apreensivos é, a quebra de unanimidade na sociedade civil sobre os princípios basilares do regime, optando por uma guerra ideológica desenfreada contra a Constituição, violando constantemente princípios fundamentais, numa altura em que o consenso deveria ser a prioridade para ultrapassarmos as dificuldades num contexto europeu.
No meio desta tempestade financeira dos países mais carenciados, em que nos encontramos, o 1º ministro, mostrando total falta de bom senso, ou então de forma intencional, utiliza a crise instalada, como móbil para desencadear uma guerra contra o regime, desrespeitando a Constituição e confrontando as decisões do Tribunal Constitucional, exatamente o órgão responsável por fazer cumprir os princípios e desígnios da nossa democracia.
O resultado desta desgovernação e desmando constitucional, para além de ter mergulhado o país numa enorme crise económica, sem fim à vista, parece estar a conseguir fazer, aquilo que nenhum político ou governo conseguiu fazer em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974, que é, finalmente, colocar os partidos de esquerda e centrais sindicais, todos do mesmo lado, esperando nós que, e na continuidade desta ação, os líderes de esquerda consigam ultrapassar as suas diferenças, em prol da defesa dos princípios elementares da Democracia, dos Cidadãos e de Portugal, sem preocupação de quem a lidera, apostados sim na força que essa união produzirá, que será derrotar este governo, déspota e reacionário.
Dia 17 de Junho, o Povo deve unir-se em torno dos professores, apoiando-os, naquele que será o primeiro teste de avaliação ao ministro da educação e governo, quanto ao respeito pelo direito à greve, consignado pela Constituição Portuguesa, e que terá o seu ponto alto dia 27 de Junho, apelando-se, a todos os Portugueses, que demonstrem a sua indignação e repúdio por este governo que não os respeita.
João Carlos Soares
Barreiro, 05 de Junho de 2013

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